O operador turístico EgoTravel, cujo principal destino é Djerba, na Tunísia, transportou este Verão nas suas operações charter cerca de 11 mil clientes, mais 11% que há um ano, revelou o seu director Comercial, Ricardo Teles, ao responder a um questionário do PressTUR.
O questionário foi enviado aos maiores operadores turísticos portugueses, com o objectivo de mostrar a evolução das vendas, destinos mais procurados, eventuais surpresas e possíveis efeitos dos constrangimentos de capacidade no Aeroporto de Lisboa.
O questionário foi enviado e respondido por email, entre 15 de Outubro e 20 de Novembro.
PressTUR: Qual a avaliação global da época alta de 2018? Superou as expectativas ou ficou abaixo do que tinham antecipado? Porquê?
Ricardo Teles: Para a temporada de Verão 2018, a Egotravel aumentou o número de lugares que colocou à disposição do mercado, através do aumento do número de voos disponíveis em algumas das suas operações, bem como com a introdução de um destino novo, em part-charter, que foi Malta. Todas as nossas operações tiveram um comportamento dentro de parâmetros que consideramos muito positivos, quer ao nível de ocupações, que foram superiores a 97%, quer ao nível de rentabilidades.
PressTUR: Qual foi o destino mais vendido este Verão? Com quantos clientes e qual a variação face ao ano passado?
Ricardo Teles: O destino mais vendido este ano voltou a ser o nosso destino charter nº1, que é Djerba. Este ano, com o aumento do número de rotações (passámos a operar 4 meses por inteiro, de Junho até ao final de Setembro, com voos de Lisboa e do Porto), transportámos cerca de 4.300 passageiros, o que representou um aumento relativamente a 2017 na ordem dos 10%.
PressTUR: Houve surpresas (positivas e/ou negativas) nas vendas este Verão?
Ricardo Teles: No que concerne às nossas operações, não existiram grandes surpresas em relação às nossas expectativas. A única excepção, talvez se prenda com a antecedência com que se começou a encher algumas rotações para Djerba, num claro sinal de que o mercado, que aprecia os hotéis que comercializamos em exclusivo, como o são o Seabel Rym Beach 4* e o Seabel Aladin 3*, aprendeu com o que já se havia passado no ano anterior, em que os lugares esgotaram cedo e muita gente não conseguiu as férias que pretendia. Houve outros, como por exemplo Monastir (Sousse / Mahdia) e Tropea, que demoraram mais a encher, muito por algum excesso de oferta que passou a existir em 2018 para estes destinos, com a entrada de alguns novos voos. Contudo, no final, como referido anteriormente, as ocupações foram muito positivas.
PressTUR: O que é que considera que terá justificado esse fenómeno?
Ricardo Teles: Desde que começámos com as nossas operações charter, que temos tentado melhorar o nosso serviço todos os anos. Neste último ano, 2018, introduzimos duas grandes novidades: 1 - Envio de SMS aos clientes com informações importantes sobre a sua viagem; 2 - Seating feito pelos agentes de viagens, no nosso sistema de reservas. A estas novidades, há que acrescentar o facto de trabalharmos com companhias de bandeira, com hotéis exclusivos, com uma muito boa relação qualidade / preço, e com excelentes guias / representantes nos nossos destinos, dando primazia à qualidade de serviço e atendimento ao cliente. Tudo isto, aliado a um sistema de reservas intuitivo e completo e a uma equipa sempre pronta a apoiar as agências conduziu a estes bons resultados.
PressTUR: Quantos clientes e qual a variação face ao Verão de 2017?
Ricardo Teles: Nesta época, nas nossas operações charter transportámos, até ao momento, aproximadamente 11.000 passageiros, o que representa um aumento de cerca de 11% relativamente a 2017.
PressTUR: Qual foi o destino que mais cresceu face ao Verão de 2017? Quanto?
Ricardo Teles: Com excepção naturalmente do novo destino introduzido em 2018, que foi Malta, o destino que mais cresceu foi mesmo Djerba, com os valores já apresentados acima.
PressTUR: Os constrangimentos de capacidade no Aeroporto de Lisboa tiveram algum impacto nas operações de Verão? Pode quantificar?
Ricardo Teles: Os constrangimentos na obtenção de slots no Aeroporto de Lisboa só nos condiciona antes de lançarmos as operações, uma vez que os horários que se conseguem para as operações charter não são os melhores, existindo muitos voos nocturnos. Contudo, e uma vez que as agências (e, consequentemente, os clientes) no acto da reserva já estão informados dos horários previstos, não existe, posteriormente, qualquer constrangimento.